Double - Abel, Carille e Renato Gaúcho vivem dias de estrelas
Em terra onde falta craque, quem tem técnico vira rei
Se você é corintiano, deve se lembrar que a sirene do Parque São Jorge sempre tocava quando um grande craque chegava. Foi assim, por exemplo, com Ronaldo Fenômeno, uma aposta ousada que trouxe títulos e prestígio internacional. Depois dele, aliás, a sirene nunca mais tocou na Fazendinha.
Se é flamenguistadeve se lembrar da recepção histórica para Romário, o herói do tetra. Ele voltou ao Brasilno início de 95, apenas seis meses depois de ser o craque brasileiro na Copa dos Estados Unidos.
Reforços até sobram no Verdãoe não falta dinheiro para seguir contratando. Mas nada comparado a craques da era ParmalatcomoDjalminha,Luizão,Cafu,Roberto Carlos,Edmundo, e por aí vai.
Hoje, pela impossibilidade de conseguir grandes reforços, os times fazem festa e apostam tudo nos treinadores. Caso do Flamengo, que levou a melhor sobre o Santose acertou com Abel Braga. O time carioca primeiro tentou Renato Gaúcho, mas perdeu a queda de braço para o Grêmio.
OPalmeiras tratou de manter o bom e velho Felipão. E o Corinthians, que flertou com a série B, trouxe de volta o santo Fábio Carille pra ver se consegue repetir o milagre da multiplicação de títulos. Será que a sirene vai voltar a tocar?
Pois é, os técnicos viraram as grandes estrelas do futebol brasileiro, que perde os craques, antes mesmos de eles se tornarem. O que faz os clubes valorizarem veteranos como Diego Souza ou apostarem no mercado sul-americano, casos de BorjaeRomero.
Alguém pode argumentar que o São Paulo deRaí,Cafu,Mullere companhia, bicampeão mundial, era conhecido como o São PaulodeTelê. E que havia o PalmeirasdeLuxemburgo, ou o GrêmiodeFelipão.
Sim, é verdade. Técnicos desse porte não foram simples coadjuvantes, mas dividiam com os craques a responsabilidade de colocar o time na briga por títulos.
Hoje praticamente brilham sozinhos, dominam as manchetes, são disputados a peso de ouro, mas sabem que uma coisa não mudou: eles ainda são os primeiros a pagarem o pato se os resultados não aparecerem.
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